segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pouca leitura explica o gosto do brasileiro pelo Orkut


H
ideias
(Tec+BR)


Orkut

Uma das explicações que podemos ter para essa necessidade de forte relacionamento - e pelo gosto maior por redes sociais - é justamente a falta de prática da leitura. No Brasil, apenas 4,5% da população lê jornais.

Volta e meia me perguntam sobre o motivo do brasileiro ser um dos principais usuários do Orkut.

Hoje, suspeito que isso se deve à nossa cultura de massa ainda muito baseada na oralidade.


O Brasil, gostemos, ou não, ainda é um país oral. Apesar de termos só 10% da população analfabeta, quem já se alfabetizou lê pouco.

Ou seja, em resumo: o Brasil, apesar de todos as campanhas de alfabetização, ainda pode ser considerado um país oral. A maioria da sua população, ao invés de se informar através de livros ou jornais, prefere conversar, ouvir rádio e televisão. É um fato.


No Japão, 65% dos japoneses leem jornal, na Noruega 62,3%, na Alemanha 30%, na Eslovênia 25%, nos Estados Unidos 24,9%. No Brasil temos 4,5% - e perdemos para El Salvador (5,8%), Costa Rica (4,9%) e Chile (4,9%)… Que vergonha!
Fonte: Blog do JJ - Publicidade & Marketing


Não é à toa que o próprio presidente da República diz que opta por ser informado através de conversas, do que pela leitura de jornais. É o típico representante de uma parcela significativa do povo brasileiro.

Se você entra num determinado ambiente em que existem placas explicativas ou compra determinado produto eletrônico, que vem com manual, terá dificuldade para se informar pelo papel se tem como prática ouvir e falar, ao invés da ler.

Por isso, talvez, tenhamos tanta gente perguntando nas ruas sobre uma informação que está numa placa acima das nossas cabeças!

Resumo da ópera: toda rede de conhecimento traz um preço a ser pago.

Some-se aí o clima tropical, a miscigenação, entre outros fatores culturais particulares brasileiros e tem-se uma explicação mais plausível para o uso desenfreado do Orkut.

Temos, assim, uma população mais preparada para trocar em rede, que tem muito uma oralidade ainda viva. Nosso desafio, porém, é transformar esse ambiente interativo com menos fofoca, com mais educação e projetos inclusivos socialmente - talvez um dos nossos grandes desafios enquanto nação rumo à rede digital.

Tudinho!

1 comentários:

Ana Alencar. disse...

Chega dar medo!!!

haha :)